Em 2017 a expectativa corria por conta da refilmagem do clássico de Agatha Christie ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENT, com direção de Kenneth Branagh que também faz o papel do inspetor Hercule Poirot. Neste mesmo ano eis que o cineasta francês Gilles Paquet-Brenner surge com uma história de Agatha Christie pouco conhecida e que vai para as telas do cinema pela primeira vez. Trata-se de A CASA TORTA, que narra a história de um assassinato de um milionário que leva sua amante para morar numa mansão juntamente com seus filhos e agregados. Brenda ( Christina Hendricks) neta do milionário, contrata o detetive particular Charles Hayward ( Max Irons) para investigar o intrincado caso, onde cada um dos parentes do morto, poderiam ter uma motivação para vê-lo morto. Todos? O fio condutor da narrativa binária, mantém o mesmo padrão das histórias de Agatha Christie. Se por um lado o detetive particular Hayward encontra uma aliada rigorosamente inesperada, que é a garotinha Josephine (Honor Kneafsey) que faz questão de registrar todas as ocorrências no seu diário. Das participações de coadjuvante, de dois veteranos, Terence Stamp, que faz o papel de diretor da Scotland Yard e ainda Glenn Close que faz o papel de cunhada do milionário, irmã da primeira esposa. Um aspecto curioso está na mansão do século XIX, onde temos uma mistura de estilos em cada aposento que é ambientado de acordo com a personalidade de quem o ocupa. Aliás uma típica representação da sociedade inglesa.
Um filme que não tem nem Poirot e nem Miss Marple. O interessante nessa história contada é que originalmente, Agatha Christie ambientou a história no ano de 1947. Mas o cineasta Gilles Paquet-Brenner mais o roteirista Julian Felowes resolveram ambientar a história no período entre os anos de 1956 e 1957, justamente com o propósito de trazer como pano de fundo da história o conflito do Canal de Suez, bem como no âmbito cultural focar no advento do rock and roll, produto de consumo de um dos netos do milionário morto.Como Agatha se notabilizou como uma excelente contadora de histórias, qualquer uma delas sempre renderá uma bela produção cinematográfica. Esta foi a segunda trilha sonora para um longa metragem do compositor inglês Hugo de Chaire. A trilha sonora de âmbito marginal, conseguiu ceder todos os méritos para as cenas, marcando presença apenas quando invocada. No vídeo você acompanha a gravação da trilha sonora de Hugo de Chaire.