A FUNÇÃO DA MÚSICA- PARTE 4

Enviado por admin em sab, 03/10/2018 - 07:20
Um dos exemplos mais eloquentes nesse sentido vai para o filme FANTASIA de Walt Disney de 1940. A trilha organizada pelo Maestro Leopoldo Stokowski que selecionou a peça Aprendiz de Feiticeiro de Paul Dukas, para ilustrar a cena envolvendo Mickey Mouse, o que automaticamente contribuiu para que esse gênero musical passasse a ser identificado como “efeito mickeymouse”.

A trilha gênero mickeymouse caracteriza-se por uma construção capaz  de estar diretamente vinculada a ação desencadeada no filme. Existe determinado momento do filme onde a presença da música é sentida como uma espécie de condutora da imagem. Isso mesmo, essa trilha possui um caráter bastante descritivo, uma vez que a música serve para sustentar a cena e oferecer um acompanhamento, ou seja, parece que música e imagem caminham juntas, num mesmo ritmo. Essa atividade rítmica que marca determinada cena, contribui para reformar um determinado aspecto melódico. Quando falamos de efeito mickeymousing o mesmo encontra-se intimamente relacionado aos desenhos animados, onde a música oferece um suporte sonoro como a contribuir para acentuar determinadas cenas. Um dos exemplos mais eloquentes nesse sentido vai para o filme FANTASIA de Walt Disney de 1940. A trilha organizada pelo Maestro Leopoldo Stokowski que selecionou a peça Aprendiz de Feiticeiro de Paul Dukas, para ilustrar a cena envolvendo Mickey Mouse, o que automaticamente contribuiu para que esse gênero musical passasse a ser identificado como “efeito mickeymouse”.

Mas só que esse gênero de trilha não fica restrito aos desenhos animados. Vamos encontrar uma gama bastante ampla de exemplos cinematográficos, principalmente quando uma determinada história precisa de um ritmo mais frenético para ser desenvolvida. Nas comédias o efeito da música mickeymousing tem uma íntima relação com o lado engraçado da narrativa. A música auxilia de forma direta pois cena e música se desenvolvem de maneira similar e podemos constatar um idêntico grau de atividade rítmica. Um dos grandes expoentes no gênero micheymouse, sem dúvida foi Henry Mancini, nos dias de hoje vamos encontrar grandes  especialistas em Hollywood como  Alan Silvestri e John Powell. Mas é claro, que dentro da própria necessidade que a história narrada exige, o compositor tem sempre a possibilidade de se arvorar no ritmo, mesmo que a sua característica musical, nem sempre vá de encontra ao gênero, como foi o caso de Rachel Portman por ocasião do filme O FANTASTICO MUNDO DO DR KELLOG. Também podemos ter uma espécie de efeito micheymouse mais “slow” e nesse sentido lembramos MELHOR IMPOSSÍVEL comédia romântica com Jack Nicholson que rouba a cena vivendo uma personalidade neurótica por quem o público acaba tendo o maior respeito. A música de Hans Zimmer tem um papel preponderante, quanto a envolver-se no aspecto descritivo da cena, parece até que a música comenta a cena, isso parece muito curioso. É um casamento muito interessante entre cena e música.