GAUGUIN- VIAGEM AO HAITI (2017)

Enviado por admin em sab, 08/11/2018 - 21:25
Este é o segundo longa metragem do cineasta francês Edouard Deluc que não quis fazer uma cinebiografia sobre o pintor francês Gauguin. Ele optou por um caminho diferente ao basear o roteiro do filme num pequeno diário de viagem de Gauguin quando em 1891 ele resolveu abandonar Paris e se aventurar nas florestas do Haiti.

Este é o segundo longa metragem do cineasta francês Edouard Deluc que não quis fazer uma cinebiografia sobre o pintor francês Gauguin. Ele optou por um caminho diferente ao basear o roteiro do filme num pequeno diário de viagem de Gauguin quando em 1891 ele resolveu abandonar Paris e se aventurar nas florestas do Haiti. Gauguin é interpretado de forma convincente pelo ator Vincent Cassel pois ele consegue passar muito bem, o que era a personalidade do artista que ia da antipatia ao egocentrismo, mas que nem por isso deixava de acreditar na sua potencialidade como artista. No Haiti ele procurou buscar inspiração para produzir um outro tipo de pintura, para tanto usa uma índia de 13 anos como modelo e com quem viveu durante o período que passou na ilha.

Quem espera ver os quadros de Gauguin, não deve alimentar essa expectativa, visto que no máximo surgirão esboços, mas pode ver as agruras, dificuldades e miséria que assolou a vida. Em 2015 a tela Quando Casarás de Gauguin foi vendida por 300 milhões de dólares, a maior soma já paga por uma obra de arte. No entanto, durante sua vida não era capaz de conseguir nem 30 dólares, por uma de suas telas. O filme procura centrar o foco mais na personalidade do artista, do que propriamente nas suas obras.

O momento escolhido por Gauguin para se embrenhar no Haiti, não foi dos mais felizes, já que o Rei Pomare, o último monarca haitiano morria e o país vivia uma convulsão social com a mistura de culturas entre a população do ocidente e as tribos indígenas.

A trilha sonora do filme foi composta pelo australiano radicado em Paris, Warren Ellis que compôs uma música extremamente compatível com o próprio estado de espírito do artista Gauguin, além de inserir raízes musicais do palco das ações, o Haiti.

Um filme que vai contribuir para que o espectador possa se “impressionar” muito mais pela obstinada tentativa do artista em se reciclar e se inspirar, visando extravasar seu espírito criativo, nem que fosse num pedaço de pano transformado em tela. A frase do próprio Gauguin serve muito bem para ilustrar essa experiência vivenciada pelo artista: Na arte, todos que fizeram algo diferente de seus predecessores mereceram a denominação de revolucionários; e são somente eles que são mestres.