MORRICONE E O PIANO

Enviado por admin em sex, 10/26/2018 - 14:17
Ao longo de sua trajetória de compositor de trilhas, Morricone quando vai apresentar sua música pela primeira vez aos cineastas, ele faz uso do piano.

Ao longo de sua trajetória de compositor de trilhas, Morricone quando vai apresentar sua música pela primeira vez aos cineastas, ele faz uso do piano. Em várias oportunidades Morricone pode testemunhar o quanto esses cineastas se surpreendiam a partir do momento da orquestração e com a entrada dos outros instrumentos em cena, causando em muitos um encantamento muito maior. Mas em toda a obra de Morricone o piano sempre mereceu um destaque especial. Em 1966 por ocasião do filme O DIA DA DESFORRA, dirigido por Sergio Solima estrelado por Lee Van Cleef, mais uma vez Morricone dá uma clara demonstração de um talento diferenciado. A partir do tema principal, mantendo um certo clima de suspense, Morricone foi encontrar em Für Elise de Beethoven a inspiração para promover variações e alavancar a música do filme. Nada daquele ritmo batido de piano dos “saloons”, desta feita um erudito derivando para o popular principalmente escorando um solo de guitarra demonstrando todo o clima pretendido para a história a ser contada. Mas o piano sempre teve um lugar de destaque nas composições de Morricone. A composição a ganhar mais relevo principalmente no repertório dos seus concertos foi sua composição para o filme de Giuseppe Tornatore, A LENDA DO PIANISTA DO MAR. Ennio Morricone nos últimos anos tem contado com o talento de uma exímia pianista chamada Gilda Buttà. Na quase totalidade das trilhas de Morricone sempre existe um espaço para o piano seja ERA UMA VEZ NO OESTE passando por INVESTIGAÇÃO SOBRE UM CIDADÃO ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA,  DESERTO DOS TÁRTAROS, CINEMA PARADISO.

Mas trilhas pouco conhecidas de Morricone também nos impressiona positivamente com a presença do piano em cena, por exemplo na faixa “Scale” inserida na trilha sonora do filme L’ULTIMO UOMO DI SARA, de 1973, dirigido por Silvano Agosti. Mas não podemos deixar de mencionar um outro momento mágico da presença do piano na trilha, que foi por ocasião do filme A ARMADILHA DOS DESEJOS, de 1985, estrelado por Laura Antonelli e Tony Musante. Demorou um pouco, mas a música de APENAS UM JANTAR, finalmente entrou no repertório dos concertos de Ennio Morricone, exalando uma beleza rigorosamente sedutora, pois o piano exerce um fator importante associado aos outros instrumentos.