A jovem cineasta francesa Mia Hansen-Løve é uma fã ardorosa do cineasta sueco Ingmar Bergman. Bem, por isso, seus filmes exalam o mesmo espírito que o diretor sueco deixou claro numa frase: “Se o espectador, após assistir ao filme, começa a discutir o filme. Se antes de dormir, lembra de alguma cena do filme. Se de repente, pode até soltar umas lágrimas subitamente. Se de repente dá uma gargalhada, se sente bem ou mal, digo que essas pessoas foram influenciadas pelo filme e o cinema cumpriu sua função”. Esse é o efeito exercido pelos filmes de Mia Hansen, não por acaso sempre recebendo aclamações internacionais. Em UMA BELA MANHÃ, a cineasta Mia Hansen-Løve não deixa de reproduzir alguma experiência vivenciada a partir da personagem Sandra, que é seu alter-ego. Ela é tradutora, tem uma vida atribulada com a filha pequena e um pai doente a quem dedica todos os cuidados. O carinho de Sandra com relação ao pai foi o jeito que ela encontrou para declarar um amor de mão única. A rotina de uma vida de cuidar da filha, do pai e da profissão fez com que ela deixasse de cuidar de si próprio. Quando Sandra encontra Clement, um amigo do ex-marido, de repente ela percebe que a felicidade seria capaz de reduzir o seu sofrimento e duplicar uma alegria que estava presa do seu coração. UMA BELA MANHÃ, a nossa dica cinematográfica disponível na plataforma Apple TV.