SUPREMA

Enviado por admin em dom, 03/31/2019 - 10:35
Esse é o título da cinebiografia de Ruth Bader Ginsburg, que foi uma das primeiras alunas do curso de Direito de Harvard e a segunda mulher a assumir uma cadeira na Suprema Corte dos Estados Unidos.

Esse é o título da cinebiografia de Ruth Bader Ginsburg, que foi uma das primeiras alunas do curso de Direito de Harvard e a segunda mulher a assumir uma cadeira na Suprema Corte dos Estados Unidos. O filme centra sua trajetória ao defender um homem chamado Charles Moritz, solteiro e que se viu como cuidador de sua mãe. Ao tentar recolher os tributos que pudessem comprovar sua condição de cuidador, se viu em apuros, pois a lei estabelecia que aquela função era exclusiva das mulheres, perante a legislação americana. O caso foi parar na Corte Suprema, precedido por um longo período de tramitação. Interpretando de forma soberba Ruth Bader Ginsburg, que tinha 1,55 de altura, aparece em cena a atriz Felicity Jones com 1,60 mas com uma estatura de grande atriz. O grande pano de fundo do filme está na discriminação contra a mulher que muito antes desse célebre caso que contribuiu para derrubar mais de um século de discriminação por gênero. Um dos momentos cruciais do filme, fica reservado para 15 minutos de argumentação das partes envolvidas na corte. Ruth (Felicity Jones) tem uma capacidade argumentativa que se apoia na persuasão e sobretudo na lógica, não destruindo ou atacando o oponente, mas restabelecendo a ordem natural que o sistema jurídico deveria contemplar. São várias as mensagens passadas pelo filme desde o preconceito contra as mulheres, do próprio gênero, da inclusão e acima de tudo a injustiça. Não foi por acaso que Ruth Bader Ginsburg chegou até a Suprema Corte, pois sua competência aliada a própria capacidade em identificar 170 leis americanas que discriminavam com base no sexo, conseguia manter suas emoções sob controle, tudo isso contribuiu que as portas do seu futuro se abrissem rumo à Corte Suprema. A cineasta Mimi Leder mostrou que sua praia não se restringe as series televisivas, pois a história de Ruth Bader Ginsburg foi muito bem contada. O apoio da trilha sonora do canadense Michael Danna contribuiu fortemente para reforçar as cenas e as emoções.Como bem frisou o escritor americano William Falkner:“A sabedoria suprema é ter sonhos bastante grandes para não se perderem de vista enquanto os perseguimos.