Este é o título do filme dirigido pelo cineasta alemão de origem turca, Fatih Akin. O filme mostra uma alemã Katja ( Diane Kruger que é casada com o turco Nuri ( Numan Acar), que depois de cumprir pena por tráfico de droga, consegue reestruturar sua vida montando uma agencia de viagens. Ao final de um dia Katja passa na agencia para pegar o marido e o ilho de 8 anos, quando perceber que a rua está interditada. Um atentado a bomba matou o marido e o filho de Katja, não possibilitando nem mesmo o reconhecimento pois as vítimas ficaram em pedaços. Katja resolve ajudar a polícia a encontrar os responsáveis pelo atentado, eis que finalmente consegue levar um casal neonazista para as barras do tribunal, mas não existem provas o que culmina com a absolvição dos suspeitos. A partir desse momento, Katja está determinada em buscar vingança, pois a justiça não foi feita.
O cineasta Fatih Akin estava com a ideia de fazer este filme há algum tempo. Filho de pais turcos, ele sabe que o atual momento em vários países da Europa, os imigrantes estão sendo vistos como intrusos. Na Alemanha a situação fica ainda pior com o ressurgimento do neonazismo, o que pode tornar estrangeiros vítimas de um preconceito daqueles que são movidos pelo mesmo ódio da versão original.
O filme arrebatou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, além da excelente atriz Diane Kruger ter vencido em Cannes como melhor atriz pelo seu soberbo desempenho.
A narrativa tem a mesma dinâmica da ótica da atriz principal Katja, já que a câmera representa o próprio olhar da personagem. Um final que chegou a ser criticado, mas que não deixa de permitir que o cinema use toda a sua capacidade em promover uma autentica catarse.
O filme serve para marcar a estréia do guitarrista e roqueiro americano Joshua Homme em longas, ele que começou a compor para curtas em 2002. Home tem sua banda de rock a Queen of the Stone Age, quando se apresenta com sua guitarra, instrumento que ele começou a manejar quando tinha apenas 9 anos. A música de Homme para a trilha sonora de EM PEDAÇOS, procura justamente refletir o próprio estado de espírito da personagem, uma vez que a câmera representa os próprios olhos.