Independente da fé que habita a crença de cada ser humano, todos vieram à esta vida com uma missão. Temos uma incumbência a nós atribuída, com o objetivo de poder cumprir esta missão. Sem missão não haveria a própria existência humana. Nem todos têm a devida consciência do papel atribuído a cada um, bem por isso o tempo de permanência terrena depende muito da missão de cada um. O filósofo Nietzsche em sua obra Assim Falava Zaratustra nos passa um alerta sobre aquilo que é entendido como uma missão: Aquele que tem um “porquê” para viver pode suportar quase qualquer “como”. No último dia 06 de julho completou um ano da morte de Il Maestro Ennio Morricone. A missão de Il Maestro foi de mostrar que era perfeitamente possível que uma trilha sonora, mesmo que desprendida das cenas dos filmes, ganharia vida própria. Exatamente isso que permitiu que gente de todas as gerações acabasse se identificando com temas que entravam em nossa alma, banhando-a de uma beleza rigorosamente inexplicável. Lendo o livro “Ennio Morricone inseguendo quel sono”( Perseguindo quem sou), a escrita fiel de Alessandro De Rosa, permite conhecer o outro lado de Il Maestro. Por trás daquela timidez, habitava um ser humano que encontrou na música a forma de expressar toda a sua genialidade. Existem criadores de melodias imortais, que nos inspiram respeito e admiração, assim como existem poucos com os quais simpatizamos desde o primeiro momento. Morricone era desses, bastava um primeiro contato com a sua obra, para brotar a profunda admiração. Morricone será eterno, pois a sua obra é viva!