Este é o título do filme inspirado no livro da escritora italiana Elena Ferrante. A cineasta Maggie Gilhenhaal foi extremamente audaciosa ao levar para a tela um tema profundamente tabu. Leda, interpretada pela atriz inglesa Olivia Colman é uma professora de literatura que decide passar uns dias de férias numa pequena cidade litorânea da Grécia. Quem não tem mais informações sobre o enredo, nem imagina que na praia, de repente vai ocorrer o desaparecimento de uma das crianças de uma família que se diverte na areia, o fato estimula imagens do passado que povoam a mente da personagem Leda. A partir desse momento, Leda se mostra profundamente introspectiva observa atentamente a família, mas seu olhar se volta particularmente para uma criança e sua respectiva mãe. Numa narrativa binária, com imagens que se alternam da juventude de Leda, logo se percebe que alguns fantasmas do passado, resolveram visitar o presente. Nesse momento aflora então o tema tabu que o filme se propôs a abordar, até que ponto a maternidade pode sabotar aquele eu egoísta, pois, implica assumir um papel para o qual a mulher não está preparada. O jeito de contar a história e abordar uma temática tão intimista e perturbadora, acaba suavizada por eventos paralelos que se cruzam nessa trama. O filme ao mesmo tempo, em que transita pelo gênero suspense, mas, no fundo revela o drama projetado na mente daquela professora que parece não ter aprendido a lição da maternidade. A FILHA PERDIDA, a nossa dica cinematográfica, disponível na plataforma Netflix.