Um filme que tem na direção o inglês Hugh Welchman e a polonesa Dorota Kobiela. Um filme de animação que reconstitui os fatos que cercaram o suicídio daquele que foi considerado como uma das maiores expressões da arte ocidental o pintor Van Gogh que morreu no dia 29 de julho de 1890.
O filme é uma produção esmerada que se utilizou de 120 quadros de Van Gogh que foram animados, com isso os próprios personagens se transformam em protagonistas no filme. Foram contratados 100 pintores para produzir os quadros que foram transformados em figuras de animação. Aliás a diretora polonesa Dorota Kobiela, formada em artes plásticas na Universidade de Belas Artes de Varsóvia, começou sua trajetória justamente em filmes de animação.
Talvez na constelação dos grandes astros da pintura, seguramente Van Gogh talvez seja um dos poucos, senão o único a merecer uma produção tão esmerada como essa. Van Gogh já virou filme em nove oportunidades, das quais aquelas que ganharam mais relevo foi Sede de Viver de 1956 com Kirk Douglas vivendo o papel do pintor. A outra produção é de 1990 com o cineasta Robert Altman filmando a cinebiografia do pintor, interpretado por Tim Roth. Mas nada que possa ser comparado a originalidade dessa caprichada produção que começou a ser idealizada em 2012. Houve atraso, pois, o filme estava projetado para ser lançado em 2015 por ocasião dos 125 anos da morte do artista Van Gogh. A originalidade do filme não se restringiu ao embasamento em 120 pinturas de Van Gogh, mas também em 800 letras de próprio punho do artista.
O filme focaliza as ultimas semanas de vida do pintor e quanto a figura do amigo de Van Gogh, o Dr. Gachet que foi o ultimo a estar com o pintor no leito de morte, acabou sendo objeto de um quadro “O retrato do Dr. Gachet”, que em 1990 foi vendido por 82,5 milhões de dólares.
O sistema de animação (Paiting Animation) usado para este filme, pela primeira vez atingiu uma duração de 80 minutos, em oportunidades anteriores a duração não ultrapassava 30 minutos.
O amado Vincent Van Gogh teve uma trajetória na pintura que durou oito anos, pintando mais de 800 quadros, mas vendendo apenas um, postumamente aclamado como o Pai da Arte Moderna.
A trilha sonora de COM AMOR, VAN GOGH confiada a competência do inglês Clint Mansell tempera de forma excelente as imagens do filme. Ao final, no instante dos créditos temos a canção Starry Starry Night na interpretação soberba da cantora inglesa Lianne La Havas.