A SÍNDROME DE BERLIM (2017)

Enviado por admin em seg, 10/09/2017 - 20:22
A Síndrome de Berlim suspense eletrizante.

Em seu segundo longa metragem da cineasta australiana Cate Shortland, ela  resolve enveredar pelo suspense envolvendo uma mochileira australiana que chega a Berlim e acaba topando com Andi, um professor  que lembra muito bem o personagem Freddie Clegg de O Colecionador, um clássico de 1965 baseado no livro de John Fowles.  A australiana Clare  (Teresa Palmer) com sua maquina fotográfica tenta atrair para sua lente as mais atraentes imagens de uma Alemanha Oriental despedaçada. Eis que ela acaba se deparando com Andi (Max Riemelt), professor de uma escola pública que mora num daqueles prédios abandonados da antiga Berlim Oriental. Uma atração sexual irresistível leva Clare a embarcar numa aventura que pode comprometer a sua própria liberdade. No começo a história poderia sugerir que o enredo fosse de um conto de fadas, mas a partir do momento em que Clare adentra o apartamento de Andi, seria o equivalente a ela estar penetrando no porão de um inferno que estaria por vir.

De repente, Clare se vê na condição de prisioneira no prédio abandonado, sem nenhuma perspectiva de que ela possa tentar fugir, pois tudo foi premeditado meticulosamente por Andi, um típico paranoico que suspeita de más intenções a seu respeito. Sempre pronto a represálias desproporcionais ao se sentir ofendido. Muito atento ao que o cerca se mostrando racional, frio e lógico. São quase duas horas de uma tensão permanente explorando de forma audaciosa os extremos do comportamento feminino.Uma fusão de cores que mostra o aspecto da psicodinâmica das cores  com predominância do azul indicando advertência e precaução, enquanto que o vermelho a associação afetiva é com a violência e a ira.

A trilha sonora da australiana Bryone Marks  no início parece querer conduzir o espectador para um conto de fadas, mas rapidamente vai se moldando ao cenário da narrativa e contribui para pontuar as cenas de grande impacto, com uma fusão perfeita de música e som, contribuindo para condimentar e atenuar o clima, com isso permitindo que não falte oxigênio para a respiração do espectador.