Na Áustria em 1957 houve a chamada “Lei de Anistia Nazista” e que contribuiu para que a então “Lei de Crimes de Guerra” fosse revogada. Naquele instante, os julgamentos dos crimes nazistas só poderiam prosperar a partir das disposições do código penal tradicional. Foi o caso do julgamento de Joseph Murer. Oficialmente Murer, que ficou conhecido como “o açougueiro de Vilnus” ele era chefe de gabinete do comissário da área da cidade que hoje é a capital da Lituânia. Murer esteve envolvido na formação de dois “guetos” para os quais judeus de todas as idades foram realocados à força. A partir de outubro de 1941, os judeus do pequeno “gueto” de Ponary que “não eram aptos para o trabalho” do ponto de vista nacional-socialista foram fuzilados. Por conta desse envolvimento Murer cumpriu parte de uma pena de 25 anos de trabalho forçado na Rússia. Em 1955 ele foi repatriado para a Austria, por conta de um tratado com o Ministério Público austríaco. Oito anos mais tarde é que foi instaurado um processo na Áustria para julgar Murer. O filme ANATOMIA DE UM JULGAMENTO do cineasta Christian Frosch nasceu exatamente foram liberadas as cenas do julgamento de Murer em 1963. O fato tem um caráter paradigmático no sentido de mostrar que quando se trata de julgamento político. No caso, por mais evidências suficientes, isso não seria determinante para que os jurados pudessem chegar a um veredicto.ANATOMIA DE UM JULGAMENTO, a nossa dica cinematográfica disponível na plataforma Looke.