Este é o segundo filme dirigido por Brian Goodman que pavimentou no cinema uma carreira de ator, aparecendo em mais de 50 filmes. Borboleta Negra é um remake do filme televisivo francês Papillon Noir. O filme lançado este ano e tem Antonio Banderas vivendo um escritor que depois de alguns fracassos literários resolve se isolar no pé de uma montanha, mas rapidamente se cansa do tédio e quer vender sua casa. Nesse meio tempo uma série de crimes acontecem na região e nem isso parece cutucar a inspiração do escritor, que prefere afogar as mágoas numa garrafa de uísque atrás da outra, colocando-se na direção de um alcoolismo crônico. Um acontecimento inesperado coloca um estranho dentro da sua cabana, sendo que este quer de todas as formas obrigar o escritor a voltar a produzir, nem que para isso tenha que aprisioná-lo e evitar a aproximação de qualquer um. O filme é cheio de clichês cinematográficos em alguns momentos é impossível não lembrar por exemplo de A Morte Pede Carona, Encurralado, Psicose e claramente A Mulher do Retrato, que você vai conferir ao final da história. A trilha sonora que assume um papel marginal foi composta pelo argentino Federico Jusid que a cada momento vai pavimentando uma carreira em Hollywood. O papel principal é de Antonio Banderas, mas quem rouba a cena é o personagem interpretado por Jonathan Rhys Meyers que vive o intruso. Não alimente grandes expectativas, apenas tenha a indicação como um filme de entretenimento. O filme foi rodado na região de Lazio e Abruzzo o que confere um realce todo especial ao trabalho do fotógrafo espanhol José David Montero.
O filme tem 93 minutos, mas a forma como a história foi contada representa muito mais, por isso a palavra de ordem ao assistir ao filme será “paciência”, pois afinal de contas como disse numa frase o poeta italiano Giacomo Leopardi: “ A paciência é a mais heroica das virtudes, justamente porque não tem nenhuma aparência de heroísmo”. Também no filme não tem nenhum herói já que a imaginação é mais importante do que os fatos.