Você já parou para pensar que na vida a gente costuma vivenciar dois tipos de situações que identificaríamos como comédia. Uma é aquela que muitas vezes representamos frente aos outros, enquanto que a outra diante de nós mesmos. Quando estamos diante dos outros, ficamos sem graça, caso venhamos a tropeçar em alguma coisa ou até mesmo perceber que a calça está rasgada. Outra situação é quando estamos diante de nós mesmos e começamos a rir das situações mais insólitas do cotidiano, desde o ronco da nossa barriga num elevador, até, por exemplo, um susto que pregamos num colega de trabalho. A bem da verdade, o cinema tem-se mostrado pródigo quanto a reproduzir no gênero comédia, as situações mais hilariantes de um amplo painel social. Assim como no drama, onde a música acaba exercendo um fator extremamente importante no sentido de acionar nossas emoções, na comédia não é diferente. A música representa um acompanhamento que deve estar em perfeita consonância com a cena. Vamos no programa de hoje, destacar as músicas de algumas comédias e que foram importantes no sentido de estimular o riso. Em UM CONVIDADO TRAPALHÃO de 1968, temos a figura de Peter Sellers vivendo o indiano Baksi que primeiro acaba por detonar o cenário de um filme, por conta de ser extremamente distraído e desajeitado. A partir desse fato seu nome entra para a lista negra de Hollywood. Acontece, porém, que o produtor ao invés de anotar na lista negra, o coloca na lista de convidados para uma grande festa na sua casa. Bem, se ele foi capaz de destruir o cenário de um filme, imagine o que não conseguirá fazer numa mansão em pleno clima de festa. Claro que Peter Sellers ficou famoso como o Inspetor Closeuau em A PANTERA COR DE ROSA, no entanto foi em UM CONVIDADO TRAPALHÃO que ele experimenta um de seus melhores desempenhos no gênero comédia.
O filme de Blake Edwards conta com a música calibrada de Henry Mancini, com acordes precisos para acionar o instrumento do riso.