REFILMAGENS E AS TRILHAS- PARTE 1

Enviado por admin em ter, 05/01/2018 - 15:56
Em 2005 coube ao neozelandês Peter Jackson refilmar KING KONG, sendo que diferentemente do original de 1933, desta vez o nome de Edgar Wallace aparece nos créditos em parceria com Merian Cooper.

Vamos iniciar uma incursão pelo fascinante mundo dos “remakes” que vem se perpetuando ao longo da própria história da cinematografia. O nosso primeiro exemplo vai para o filme KING KONG de 1933, cuja história original foi escrita pelo jornalista Edgar Wallace. O inglês Wallace embarcou para a África do Sul junto com o exercito britânico, mas quando lá chegou decidiu se dedicar a poesia. Nesse meio tempo, foi correspondente de guerra e começou a escrever uma série de contos sobre história de detetives. Veio então a inspiração para escrever uma história envolvendo um gigantesco gorila, batizado de King Kong que sai da selva africana chegando até a selva de pedra, Nova Iorque. Edgar Wallace em 1932 viajou para Los Angeles, pois alimentava o sonho de ver seu conto transportado para as telas do cinema. Não houve tempo, morreu naquele ano vítima de uma pneumonia. No ano seguinte, 1933, sua história acabou adaptada pelo próprio cineasta Merian C. Cooper que em parceria com Ernest Schoendsak. O filme não saiu dos estúdios e bem por isso seu orçamento chegou a um pouco mais de 600 mil dólares e o faturamento de quase 10 milhões de dólares. Uma antológica trilhas sonora composta por Max Steiner se constituindo num dos seus mais apurados trabalhos. Vale destacar que até aqui já foram produzidos 58 filmes sobre o personagem King Kong. Em 2005 coube ao neozelandês Peter Jackson refilmar KING KONG, sendo que diferentemente do original de 1933, desta vez o nome de Edgar Wallace aparece nos créditos em parceria com Merian Cooper. Parte do filme foi rodado na Nova Zelândia, sendo que a trilha sonora foi confiada inicialmente ao compositor canadense Howard Shore, até então parceiro de Jackson. Durante as filmagens houve desentendimento entre o diretor e o compositor, quando ao rumo que a trilha sonora deveria tomar e acabou saindo um comunicado para a imprensa dando conta de que Howard Shore “por diferenças criativas estava abandonando o projeto”. Foi então contratado James Newton Howard que teve 30 dias para produzir uma trilha que acabou agradando amplamente, tanto assim que chegou a ser indicada ao Globo de Ouro. Mesmo assim a versão definitiva em termos de King Kong continua sendo a música do grande mestre austríaco Max Steiner.