Os grandes estúdios sempre procuraram conduzir com grande competência as campanhas publicitárias que ofereceriam visibilidade para seus filmes. A rigor as campanhas publicitárias tem demonstrado mais importância em conquistar indicações do que propriamente prêmios. Mesmo assim determinadas produções podem nem estar cotadas para prêmios principais, mas de repente nos técnicos aparece a chance do prêmio.
A partir da indicação de um artista para o Oscar, isso também pode representar uma alavancagem importante para que o artista possa ser recompensado não só financeiramente pela remuneração do seu trabalho, mas sobretudo com a demanda de trabalhos. Como estamos tratando da categoria de música, isso também acaba tendo um peso mais crítico, quando da indicação e do próprio mérito que aquele trabalho reúna para justificar o prêmio. Trocando em miúdos, não é só a indicação que vai possibilitar o devido reconhecimento de mérito ao compositor de uma trilha. Seus próximos trabalhos serão importantes no sentido de mostrar que a indicação foi justa ou não.
Em 2011 o melhor filme foi escolhido O DISCURSO DO REI, que a rigor também concorreu como melhor trilha, pois afinal mais uma vez Alexandre Desplat oferecia um belo trabalho. Mas o filme A ORIGEM apresentou uma trilha sonora verdadeiramente diferenciada composta por Hans Zimmer, merecendo não só a indicação, mas também o próprio Oscar. O próprio Hans Zimmer acabou estruturando um show que tinha como ápice a apresentação dessa trilha, que ganhou uma dimensão muito além do próprio filme.
De repente na festa do Oscar de 2011, correndo por fora um filme que investiu na publicidade e tratava de um tema da ordem do dia, redes sociais. O filme de David Fincher A REDE SOCIAL conquistou oito indicações ao Oscar, levou três inclusive o prêmio com a dupla Trent Reznor e Atticus Ross para melhor trilha sonora. Mais uma vez o prêmio estava direcionado para quem tinha grande chance de despontar para o anonimato, como tantos outros no passado.