Em 10 de novembro Il Maestro Ennio Morricone completaria 96 anos de uma produtiva e vitoriosa existência. Claro, de forma indiscutível suas antológicas trilhas sonoras, contribuíram para valorizar inúmeras produções cinematográficas. Mas o genial Morricone, justificando a sua sólida formação musical, também se dedicou ao campo da música erudita ou como ele gostava de dizer “musica assoluta”. Muito antes de brilhar com a sua música nas telas dos cinemas, em 1946 ele compunha a sua primeira peça clássica para piano e voz. Em seu acervo de produções, Morricone deixou composições para distintos instrumentos como piano, flauta, fagote, violino, violoncelo, clarinete, oboé, harpa, trompa, trombone, contrabaixo, guitarra, órgão e entre outros, aquele instrumento que possui uma textura polifônica verdadeiramente admirável que é a voz. E suas composições para voz feminina, cujas maiores expressões das suas obras foram Edda Dell’Orso e Susanna Rigacci no campo das trilhas sonoras. Dentre as várias divas de Morricone se destacaram ainda: Milva, Mina, Miranda Martino, Astrud Gilberto, Joan Baez, Amii Stewart, Dulce Pontes, Hayley Westenra dentre outras. Não podemos deixar de reconhecer o peso estrutural que o coro desempenha nas obras de Morricone, grifando e realçando cada verso das suas composições. Quando ele estendia seu braço esquerdo, era o momento de o coro entrar em ação. Se Verdi é considerado pelos italianos como “Cantor do seu Povo”, Morricone pode ser considerado como “Compositor de trilhas sonoras do nosso Mundo”!
Clique no arquivo de áudio para ouvir o programa A Música no Cinema, produzido e apresentado por Márcio Alvarenga.